quinta-feira, 26 de março de 2009

XIII - Majestade

Vladimir nota a beleza daquela menina, que segurava seu rosto com suas mãos, que pedia para que não saísse da Coterie. Nunca tinha prestado atenção que os olhos dela eram meio azulados. Se ela fosse a Líder ele a seguiria aonde quer que ela fosse. Ela pedia tão insistente para que ele os acompanhasse. Se não fosse, ela ficaria triste, e vê-la triste era algo que ele não queria.

Partiram então todos em direção à caverna.
Imagens invadem a mente de Vladmir.
Helena, sua esposa, Lana,
sua senhora, e agora
...Telassim...
(...)
Como se arriscar a chamar-lhe a atenção...?

A Tel era algo diferente. Não desejava mais discutir com Lucian apenas para que ela não entristecesse.
A lembrança de um verdadeiro amor, mesmo esta sendo falsa ou forçada, eu quero ficar o mais próximo possível dela.
Pois ao lado daquela menina, mesmo sabendo que é falso o ar, eu sinto que respiro.

Era uma menina ainda, mais já vi meninas ainda mais novas agirem muito mais como mulheres.
E a desejava.


Queria sentir o toque de suas mão, de seu corpo, de seu seio nu a tocar o seu peito. Sua respiração seu toque, seu corpo. Queria que os olhos dela encontrassem os seus, queria que sua boca encontrasse a sua. Ela estava ali, diante dele ao alcance de suas mãos. Sempre estava. acalentando-o, contendo-o, protegendo-o.

Mas...teria coragem de "pecar" mais uma vez?
Como foi com lana... e como sempre fora com Helena
se um dia assim for, estaria novamente...
condenado.

Lucian, enfurecido mais uma vez com a desobediência de Vladimir. mantinha-se calado. Imerso em seus pensamentos e em sua fúria.

-Será que ele não consegue notar que todas essas malditas ordens sequer são minhas? Eu posso ter o título de líder, mas tudo que eu fiz até agora foi agir como mensageiro entre a coterie e os anciões. Eu já me sinto enfraquecer com tudo isto. Será que ele pensa que eu tenho uma "vida" perfeita?-

Mas mesmo nesse caos ele conseguia enxergar a luz, mas desta vez não uma pequena luz, como aquela que se vê no fim do túnel e sim um clarão ensolarado que cega seus olhos. Se ainda respirasse teria engasgado. A presença daquela ilustre figura preenchia o corredor, em um simples momento suas palavras fizeram valer em sua mente. Sentiu vontade de largar a pessoa que carregava e leva-la em seus braços, não para desposa-la ou para usufruir de seu corpo, mas apenas para poder saber que estava a satisfazer um de seus mimos.
Pela primeira vez, Telassim Miller se mostrou para Lucian o que nem mesmo Lana havia se mostrado até agora... uma Daeva; no sentido mais puro da palavra.
Mesmo que seu coração morto estivesse envolto em ódio e rancor por ter sido atingido desta maneira, sua alma não conseguia deixar de desejar a atenção e o bem-estar daquela pessoa. Ela o olhava com uma admiração, e ele gostava disso. Era um motivo para continuar aquela liderança que tanto dava trabalho e estressava. Para que alguem, com uma voz, mesmo que, de certa forma infantil, não tivesse que parar de chama-lo de...
-Líder -

E assim seguiram os membros da coterie durante o pecurso: Telassim já mais aliviada pois
Lucian e Vladimir haviam parado de brigar. Vladimir tentando chamar a atenção de Tel e Lucian concentrado no caminho. Não tadaram até chegar a caverna pela trilha já tantas veses maculada. Quando chegaram, Perks estava a entrada, indicou o caminho que deveria seguir e saiu. Disse que iria pegar o outro membro de seu grupo.

A coterie liderada por Lucian Dollor desceu pelo caminho indicado, e pararam diante de uma porta com aparência antiga. E do outro ladopodia-se ouvir a voz de Queirós (Líder da outra coterie) que estava sendo repreendido por uma segunda voz, que autoritária, mandou que entrassem...

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Entrevistas e algo mais...