segunda-feira, 23 de março de 2009

XVI - Do devaneio ao grito

Acabaram levando Lana para casa de Lucian, mesmo com Telassim afirmando que seria melhor leva-la para casa de seu Senhor - um Deva na casa de outro Daeva nada mais apropriado, - pensava. Mas Lúcian não tinha a mínima inteção de encontrar com o Senhor de Telassim. Principalmente depois de ele ter desligado na cara de um do mesmo clã.
Chegando no apartamento, Lucian e Telassim colocaram Lana no quarto de hóspedes.
Vladimir estava desacordado, e a Freedon- que havia chegado, muito machucada, no momento em que Hugo estava possuído, e que, havia fugido pelo outro corredor quando James mandara- logo dormiu no outro sofá. Telassim foi tomar banho. Lucian trocou as vestes ensanguentadas da Daeva e vestiu uma de suas camisas sociais.
Como era bela a mulher em sua frente. Será que todos os Daevas era assim? Belos? De todos os que conhecera até o momento Vladimir era o único que quebrava a regra. Telassim também, mesmo para uma menina ela era mitíssimo encantadora.
Não Tanto quanto Lana, mas muito bonita.

Lucian resolveu parar de pensar nesse medíocre clã que brinca de mexer com os sentimentos alheios e foi tomar seu banho. Ao sair do seu Telassim foi procurar uma lavanderia. E como o dono da casa estava no banho, ela teve que encontra-la sozinha. Ao encontrar, comecou a lavar suas roupas, elas estavam imundas e suas botas... Eu quase chorou quando notou como estavam.
No silêncio da casa Telassim mergulhou fundo em seus pensamentos. As botas que foram compradas de forma tõa relutante por seu pai há alguns anos a fez pensar em seu passado.

Seu pai... Há quanto tempo não o via?! Mas está próximo das férias de meio de ano, logo ele irá chegar para passar a alta estação e quando chegar... será que ele vai notar?
Notará que a filha dele mudou? Algo mais profundo que alguns centímetros na altura...

Será que ele vai notar que a filha dele está... morta?

Agora se via diante de um novo universo. Fora apresentada a um outro mundo. Um novo mundo. E agora faz parte de algo muito maior.
Se isso é bom ou ruim, depende. Mas o fato é que agora ela faz parte de algo mítico. Um laço mais profundo...
Uma ligação.
Algo que assusta.

Temia a imortalidade, temia ver todas as pessoas que gostava padecer. Mas ainda acreditava que se é, aquilo que se fizer ser.
Prova disso era o James, havia o detestado a princípio, mas se sentia impressionada pelas atitudes dele.
Não queria que tivesse sido assim. Que ele tivesse se sacrificado...

Se enganando ou não Telassim sentia que ele não havia morrido. Queria se convencer disso para que se torna-se menos triste. Queria acreditar que ele não morreria assim...

Ou morreria?!


Essa dor no meu coração já parado me angustia.
Vê-lo partir para cima daquele ser,
lutar bravamente, perecer diante dos meus olhos...
E sumir...
num feixe de luz...
Tudo parece absurdo demais
Afinal não pregavam a imortalidade, os vampiro.
A superação da das pequenitudes da humanidade.

Ele não podia ter feito aquilo
Ter se jogado num poço sem fundo
para brilhar antes de morrer.
E num grito
Sua existência se extinguir.

Lembrava-se perfeitamente de cada cena come se assistisse a um filme. Cada passo sendo recriado, cada movimento, cada queda e cada golpe. Tão vivos em sua mente como se estivesse acontecendo novamente ali. Naquele instante. Até que chegou a parte mais marcante. Os ultimos movimentos de James. O ultimo ataque do espírito. O grito que encheu toda a câmara.


" O seu grito de dor me invade. Sua dor torna-se minhaE seu ultimo grito... Torna-se meu. "




Lucian é surpreendido pelo grito de Telassim. Um grito que ecoou pelo apartamento todo. Um grito de dor. Corre ao encontro da menina e a encontra no chão, tentando se apoiar nos dois braços. Braços que estavam estranhamente queimados, fumaçavam como se a menina tivesse acabado de receber uma descarga elétrica.
- Senhorita Miller... o que aconteceu aqui, que fez isso a você... Miller... Telassim...
Lucian estava preocupado, Telassim ofegava mesmo sem precisar respirar, ofegava por medo, ela tremia e mal erguia a cabeça. Os olhos amedrontados fitavam o chão como uma forma se segurança.
- Telassim, olhe pra mim... me diga o que aconteceu?... Senhorita Miller eu sou o seu lider me obedeça...- Telassim parecia siquer ouvir a voz de Lucian, embora ele estivesse ali, no chão ao lado dela. Os longos cabelos ainda molhados desciam com suas ondas a frente da toalha os olhos de cor indecisa ergueram-se um pouco como se procurassem por ajuda. E foi no momento que os olhos charos da menina em desespero encontraram o castanho dos olhos preocupados do lider que lucian usou pela primeira vez uma habilidade que havia aprendido com seu senhor. Uma capacidade inata dos Ventrue. Bastava que ela olha-se em seus olhos para que ele usa-se a disciplina de subjugação mental símbolo dos Ventrue. Uma habilidade que precisava apenas de um contato ocular para ser aplicada.
Dominação
- Acalme-se

Diante daquela voz que como uma força superior que lhe obrigava a conter-se, Telassim sente uma vontade que chega a ser superior a sua. Não havia opção ou escolha, restava apenas obedecer daixa-se ser dominada... Uma vontade de se acalmar, de se conter e superar o descontrole. Deveria engolir seu medo e ocultar sua dor. Afinal, acima de qualquer outra coisa ela sabia que deveria ficar...
Calma.

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