segunda-feira, 9 de março de 2009

XII - Mausoléu

Na noite seguinte foram todos até o Campus. Chegando a porta da faculdade encontraram James. Ele pediu para esperarmos a chegada dos outros membros. Cerca de 20 minutos depois todos entraram.Telassim parecia em casa, andando o mais afastada de James possível. James os levou até o leito de um rio que ficava na faculdade. A margem era pouco iluminada e haviam poucos alunos nas proximidades. James foi o primeiro a pular, seguido por Vladimir e Perks, todos encaravam as poluídas águas do rio com receio. Luciam tirou seu terno e Telassim se ofereceu para segura-lo. A menina já estava afastando para trás quando sentiu suavemente a mão de Lucian pousar em suas costas.

-Não, por favor não


Lucian empurrou Telassim e mergulhou em seguida. Ela assustou-se e só posteriormente percebeu que não precisava mais respirar. Freedom ficou do lado de fora junto com um membro da outra coterie.

Após alguns minutos de nado, emergiram numa câmara completamente escura. Lucian até pensou em acender seu isqueiro mas James apareceu antes segurando uma tocha.
É incrível a fobia que um Vampiro pode ter do fogo.
O medo e o susto do aparecimento de fogo naquele local amedrontou todos no recinto. Vladimir correu e jogou-se novamente na passagem de água de onde tinham emergido. Lucian o retirou da água. O outro grupo desapareceu a, e como guia de Lucian Vladimir e Telassim ficou James.Com a Tocha a frente eles começaram o percurso pela...
...Cripta...
Um lugar escuro, repleto de estalagmites e estalactites, em alguns pontos ambas se encontravam formando colunas. Nas paredes desenhos trabalhados no relevo. Caminharam, Lucian decorava todas as imagens como se as fotografasse em sua mente, Telassim tentava reconhecer alguns símbolos, Vladimir se preparava para o que viesse de pior.

Chegaram a um portão de rocha maciça. Sobre o portal havia uma sequência de símbolos. O primeiro era como um homem, o segundo, o homem na presença do sol, e o terceiro, um homem deitado. Ao lado da porta haviam três receptáculos, sobre cada um deles um símbolo diferente.Sob o primeiro um sol, sob o segundo uma lua, e sob o terceiro um símbolo diferente.
O Líder da coterie derramou de seu sangue no terceiro compartimento. Vladimir afirmava que deveria ser no segundo mas sua opinião fora ignorada pelo líder. Telassim entendia o raciocínio de ambos e preferia não opinar.Eram seres da noite, deveria seguir no caminho da lua. Um raciocínio claro da parte de Vladimir. Mas não haviam somente ele como criaturas noturnas, Uratas eram marcados principalmente pela influência da lua sobre eles, por isso Lucian acreditava que a terceira opção seria a mais coerente. Telassim não descartava a lógica de Vlad mas concordava mais com o Líder.E num ronco quase ensurdecedor a porta começou a se mover.

A outra coterie apareceu do nada, passaram por eles e desapareceram novamente.
- Tc, pare de se ofuscar...!!!- Falou James num tom alto o suficiente para que o escutassem.

Prosseguiram a caminhada, os símbolos nas paredes eram iluminados pela tocha que James segurava. Depois de algum tempo chegaram a uma câmara mais ampla, podia ser notado no chão algo parecido com linhas. Mais adiante uma situação, no mínimo, intrigante. A coterie liderada por Hugo de Queiróz estava numa espécie de fila, cada um com a mão no ombro do seguinte. Pôde-se notar que as "linhas" na verdade eram espaços entre blocos de pedras. Alguns estavam faltando, outros estavam levemente pressionados. Haviam flechas na parede e algumas das mesmas flechas estavam no corpo dos membros do outro grupo. A coterie de Lucian não teve dificuldade em atravessar o lugar. Seguiram pelo trajeto - seguro - trilhado pela primeira coterie. Puderam notar que no fim dos "buracos" em que os blocos haviam desabado estava repleto de estacas entre outras armadilhas. O outro lado da câmara era uma rampa que convergia a uma passagem parecida com um corredor.
...Água...
O local foi preenchido com o barulho de água. Muita água. E ela não tardou a chegar, violenta, arrastava tudo em seu caminho e carregava para os buracos dos blocos. Todos os presentes agarraram-se as paredes com todas as suas forças para não ser arrastados e James procurava manter a tocha a salvo. Passada a água todos se recomporam e recomeçaram a andar. A tocha havia apagado, mas no corredor adiante havia uma penumbra como se houvesse luz mais adiante...


Continua...


Nenhum comentário:

Entrevistas e algo mais...