E assim foram os dois últimos meses de vida da Telassim. Parecia que os tempos queriam que ela não partisse sem experimentar da mais profunda euforia à mais desastrosa das dores...
"Tudo poderia ser pior..."- ela repetia entre um sorriso e outro-'' Já imaginou se eu tivesse casado com ele, e eu estando grávida pegasse ele no flagra?! Eu abortava na hora...". Sempre acreditava que as coisas aconteciam da melhor maneira. Como se fossem arranjadas pelo céus.
Mas, não era exatamente assim, os anjos se sentiam ultrajados com a fé daquela pobre menina,
"- Será que essa fortaleza permanece mesmo depois da morte?"- comentavam enquanto tramavam contra a pobre alma.
Ela ainda sorria, mesmo que por dentro sua alma chorasse. Só havia um momento em que Telassim esquecia completamente todas as dores e desamores. Quando estava na companhia de uma única pessoa,
"Vamos testar, então"
Eduard.
Mal sabia ela que aquela pessoa seria a última que ela veria antes de morrer. Que aquele rosto seria sua ultima visão em vida...
Eduard começou a falar sobre coisas que Telassim não entendia muito bem o porquê do assunto. Eternidade, morte...ocultismo ... crenças...
Era como se estivesse sendo preparada, para num êxtase escolher...padecer. E no limite da dor... renascer...
Talvez fosse melhor que Eduard se atrasa-se e passasse da hora. A menina encontraria seus anjos e com eles poderia acertar logo suas contas. Mas Ele fora preciso. No exato momento condenou a menina a mesma maldição que carregava. um Ser da Noite...
Uma rosa...
...Eterna
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